Sobre o trote da UERJ/FFP

Olá, caros leitores (na verdade, não tenho muitos, mas é legal falar assim).

Hoje venho falar de um dos momentos mais mágicos da nossa vida: a entrada na faculdade.




Só que não.

     Não sei dizer das faculdades particulares, mas nas públicas existe uma coisa chamada trote. Para quem não sabe, o trote nada mais é do que o seu ingresso “oficial” na universidade. Os veteranos (ou seja, quem já está na reta final da faculdade) te humilham, gritam com você, te mandam fazer coisas ridículas, te pintam e no final te entregam copinhos para ir na rua pedir dinheiro para que eles possam fazer o que bem entenderem. Pelo menos, é assim que funciona na instituição onde estudo.
     Suas roupas? Se não lavar direito depois, a tinta vai estragá-las. Seu cabelo? Deve ser lavado pelo menos duas vezes para tirar a tinta e o cheiro ruim que fica, caso joguem ovo nele. É mais recomendado que alguém o lave para você, porque a pessoa vai ver direito onde está sujo. Mas fora isso, é uma experiência divertida.
     Durante uma semana inteira, tivemos aula-trote dos veteranos (onde eles usam uma aula para que nos apresentemos e sempre pedem dinheiro para algo), reunião com eles para sabermos de todos os detalhes da faculdade (isso foi bem legal. Deu para termos uma base de como tudo funciona por lá) e, por fim, na quinta-feira, tivemos o trote que achamos que não aconteceria por ter cartazes espalhados pela faculdade onde diziam que trote é crime.
     Eu fui o tipo de caloura conformada: dava dinheiro para tudo, mesmo sabendo que não ia ganhar nada em troca. No dia do trote levei roupa velha (que já estava carregando a semana inteira porque estava com a pulga atrás da orelha, meio que não acreditando no lance de que não teria a parte da tinta), coloquei antes de começar tudo, e foi tranquilo, apesar do joelho dolorido depois de ter ficado uma meia hora ajoelhada no concreto enquanto jogavam ovo, farinha e água no meu cabelo, e me mandavam gritar coisas que eu não entendia.
     Ser pintado é bem legal, principalmente quando você está preparado para isso, com as tais roupas velhas. Você se despreocupa e simplesmente deixa fazerem o que quiserem no seu corpo. Só pedi para não pintarem em cima do olho por eu ser extremamente alérgica nessa área. Depois, eles estipulam um valor para arrecadarmos na rua e pedem para voltarmos num determinado tempo. Eu fiquei muito animada pedindo dinheiro, gritando que ia dar aula de português, inglês e literatura para a futura geração (acreditem, esse discurso me rendeu várias moedas e até algumas notas) e conversando com as pessoas na rua. A maioria foi bem simpática; outros foram rudes, mas isso faz parte. O que valeu foi que achei uma experiência marcante. Realmente me sinto uma caloura da UERJ agora que passei pelo trote.


Por que vale a pena passar pelo trote: Você não é obrigado a participar, mas eu recomendo a passar por isso. Ver suas fotos com tinta até na alma com seus colegas de classe e poder guardar esses momentos torna sua entrada na faculdade algo memorável, um acontecimento que você vai sempre querer contar para aquela pessoa que está prestes a ingressar no ensino superior. Muita gente reclama do que os veteranos fazem com os calouros nesses trotes, mas acho que se não for algo que machuque, não vejo problema. Tinta, farinha e ovo não é nada de mais. É só uma vez na vida que passamos por isso, e acho que vale a pena ter essa história de lembrança, sempre pensando com carinho no quanto você se divertiu naquele dia.

Calouros calourando, tirando foto na frente da faculdade.

PS.: Nunca pensei realmente em ser professora. Minha intenção era passar na UERJ do Rio, onde faria bacharelado (para quem não sabe, eu estudo na UERJ/FFP, uma faculdade de formação de professores). Mas confesso que estou me apaixonando pelas aulas com ênfase em licenciatura, e a cada dia que passa me vejo mais ainda numa sala de aula. Sei que as coisas vão ficar críticas. Já nessa segunda semana de aula, estou atolada de coisas para fazer, mas sinto que tudo vai valer a pena, que todos os momentos de esforço serão recompensados quando eu pegar meu diploma. E espero que eu continue me sentindo assim até o final do curso.

Até a próxima postagem!
xx

Apresentando o blog

Miscelânea: sf  Compilação de escritos sobre vários assuntos. 2 (Fig.) Mistura desconexa de muitas coisas. 3 (Fig.) Confusão, bagunça.

     Acho que a definição acima esclarece um pouco sobre o que vai ser esse blog (ou não). O fato é que eu gosto de falar sobre o que faço, leio, vejo etc, e aqui seria um bom lugar para me expressar.

Sobre mim: meu nome é Mariane. Tenho 18 anos. Em breve vou começar a cursar Letras - Português/Inglês numa ótima faculdade pública, e foi realmente uma surpresa ter passado no vestibular, já que no ENEM fui um fiasco. Estou ansiosa para aprender tudo sobre minha carreira. Queria fazer esse curso desde que era novinha.
     Gosto de ler e escrever, por isso vou falar aqui sobre os livros que leio. Farei o mesmo com as séries que assisto, acrescentando o motivo pelo qual vale a pena ler/ver aquilo.
    Tenho compulsão por escrita. Coloque uma caneta na minha mão, que vou começar a escrever num pedaço de papel sobre qualquer coisa, simplesmente pelo prazer que me proporciona.
     Adoro sites em que posso me organizar e/ou passar o tempo, por isso vou postar aqui de vez em quando sobre minhas descobertas no mundo virtual, e espero que gostem.
     Estou numa mania de produtos para a pele, como maquiagem, creme etc., então devo falar sobre isso aqui também.
     Além disso, adoro divagar sobre assuntos aleatórios e escrever sobre eles, então vai ser outra coisa que verão por aqui.
    Perceberam como uma coisa não tem nada a ver com a outra? Por isso estou chamando meu blog de Miscelânea. Simplesmente vou falar sobre o que me interessa.

E é isso. Enjoy!

xx